VICENTE SÓ - A Chegada dos Pioneiros.
(texto extraído do livro "Brusque Cidade Schneeburg"(Saulo Adami e Tina Rosa - S&T Editora 2005) PÁGINAS 79 E 80).
Antes da chegada do Barão de Schneeburg, em 04 de Agosto de 1860, existia apenas a floresta - e o morador mais conhecido era Vicente Só.
Homenagem a Vicente Só, no desfile do Centenário de Brusque, em 1960.
O primeiro morador da localidade que mais tarde se tornaria o município de Brusque foi Vicente Ferreira de Mello, mais conhecido como Vicente Só. Ele, que era português e vivia em Itajaí, teria fixado residência onde hoje é a Igreja Matriz São Luís Gonzaga, no Centro da cidade. Alguns historiadores acreditam que, mais do que isolamento, esse primeiro morador da cidade procurava ouro, através da mineração pelos córregos do Itajaí-Mirim. Infelizmente, da vida de Vicente Só pouco se sabe. A suposição mais provável é que tenha morrido antes de 1871, pois seu nome não está registrado nos livros de óbitos da Igreja Católica. Há apenas a menção de um menino chamado Sebastião, de três meses, com o mesmo sobrenome, que poderia ser um descendente.
Fonte: https://www.brusquememoria.com.br/acervo-imagem/3150
Texto e imagem publicados no fascículo 7 do Projeto Identidade editado pelo jornal O Município em 2009.
PRÉ HISTÓRIA DE BRUSQUE
Naquele tempo, "as terras das margens do rio Itajahy- Mirim já eram habitadas por alguns brancos, verdadeiros aventureiros e desbravadores da selva, os autênticos pioneiros que movimentavam a vida econômica da região havia quase dez anos", como revelam as pesquisas de João Carlos Mosimann.
Entre 1855 e 1860, quatro engenhos estavam em pleno funcionamento, na então localidade de Vicente Só, sendo seus proprietários:
Peter Josef Werner;
Franz Sallenthien;
Rheinhold Gaertner (Barra de Águas Claras) e
Johann Paul Kellner (Pedras Grandes).
Para Mosimann Werner e Kellner "podem ser considerados os verdadeiros pioneiros de Brusque".
Werner era pai de "Maria", primeira criança nascida no Vale do Itajahy-Mirim, em 1856.
Kellner, Gaertner e Sallenthien eram oriundos da Colônia Blumenau, e Werner da Colônia de São Pedro de Alcântara.
Mosimann afirma que a necessidade de "outros trabalhadores na retirada e beneficiamento da madeira implicava na existência de, pelo menos, alguns poucos habitantes, moradores próximos das serrarias", mencionadas como "engenhos".
O transporte da madeira beneficiada era feito "através de balsas pelo rio, única via de transporte", empregando a mão-de-obra de outros operários. "No final de 1855 havia, no mínimo, sete moradores em Pedras Grandes: Kellner e seu irmão Adolf, um belga, um suíço com sua esposa e mais dois trabalhadores contratados.
A barra de Águas Claras (engenho de Sallenthien), também já comportava um pequeno núcleo habitacional.
As terras do rio Itajahy-Mirim não eram desabitadas, portanto, quando da chegada do Barão de Schneeburg.
Paul Kellner, ao requerer terras em 1853, só as conseguiu em Pedras Grandes, na metade do caminho entre as atuais Dom Joaquim e Botuverá.
Outros documentos daquela época citam outros proprietários de terras, "mas não existem indicações de que estivessem estabelecidos fisicamente no Itajahy-Mirim, antes da fundação de Brusque. Boa parte deles requeria a terra para mera especulação.
Além dos quatro citados latifundiários, havia João Carlos Read, por exemplo, com vasta área de terras na margem esquerda. Suas terras situavam-se entre o rio, as terras de Peter Josef Werner, junto à futura sede, e a localidade de Bateias.
As terras de Read foram motivo de muita briga com a Direção da Colônia e demoraram a ser negociadas. Era chamada de "Fazenda da Limeira", entre o Ribeirão do Poço Fundo (Peterstrasse) e o Ribeirão do Schleswig.
O latifundiário Matheus Palm, sogro de Peter Josef Werner, e seu filho mais velho, Peter Palm, oriundos também de São Pedro de Alcântara, também possuiam terras em Pedras Grandes, à margem direrita do Itajahy-Mirim, embora não habitassem no local. Outros proprietários, a maioria de Itajaí e de sobrenome português, detinham a posse de áreas menores às margens do rio, na direção do litoral."
(texto extraído do livro "Brusque Cidade Schneeburg"(Saulo Adami e Tina Rosa - S&T Editora 2005)PÁGINAS 79 E 80).
Figueira que desperta lembranças dos brusquenses, que existia onde hoje é a praça Vicente Só, nas proximidades da Sociedade Esportiva Bandeirante. Não há registros de quando a árvore foi plantada, entretanto, as lembranças de muitos que viveram na época em que ela chamava a atenção por sua beleza e grandeza ainda estão vivas na memória.
Há muitos relatos de piqueniques à sombra da figueira, brincadeiras nas proximidades e até histórias mal assombradas. Infelizmente, a árvore não resistiu a ação do tempo e secou. Hoje, o local conta com outras duas figueiras e as esculturas que representam a chegada dos imigrantes à região.
Texto adaptado do jornal O Município




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