Barão de Schneeburg - - Revista CARTUM INTERATIVA nº 191.
A história do fundador de nossa cidade, Maximilian von Schneeburg é repleta de mistérios, justamente pela falta de fontes históricas que nos permitam afirmar suas características.
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Sabemos que a família Schneeburg era nobre e que Maximilian nasceu em
1798, na região do reino da Boêmia, que na época estava sob o domínio da
Áustria e era influenciada pela Alemanha. Seu pai, militar, faleceu em combate
no ano seguinte. Apesar de a perda do pai, aos 16 anos ingressa na escola de
engenharia militar e logo é nomeado cadete. Sua carreira militar não dura muito,
pois se vê obrigado a pedir licença por conta de um problema de saúde. Depois
de deixar o exército, sua aposta é o Brasil. Em 1825 chega ao país e integra a
Escola Militar Imperial, sendo professor do Colégio Militar Calógeras, de
Petrópolis (RJ).
Em 1856 passa a trabalhar com a Sociedade de Agricultura de
Petrópolis, de onde provavelmente partiu o convite para instalar uma leva de
colonos alemães no Vale do Rio Itajaí. A essa altura, Schneeburg já tinha mais
de 60 anos, e ainda assim, aceita a missão. Pelo que podemos concluir dos
relatos, documentos e cartas deixados por ele, o Barão era um homem de fibra,
amava tanto sua pátria natal quanto o seu país “adotivo”; era detalhista e
procurava a justiça em todos os seus atos. Em julho de 1860 encontra cerca de
80 pessoas na Hospedaria dos Imigrantes, Rio de Janeiro. Em 4 de agosto chega,
com 55 daqueles às terras da margem esquerda do Rio Itajaí-Mirim, plantando a
semente do que hoje é Brusque. Schneeburg deu início à colonização de Brusque e
administrou a colônia até 1867, quando se afasta por problemas de saúde e
retorna à Europa, falecendo em
1869.
Pesquisa: Carlos
Eduardo Michel.
Na manhã do dia 24 de julho de 1860, a Belmonte, Canhoneira
da Marinha de Guerra do Brasil, ancorou no porto da cidade de Nossa Senhora do
Desterro, capital da Província (naquele tempo, o Estado recebia o nome de
Província) de Santa Catarina. Ali, os imigrantes alemães que seriam instalados
na Colônia Itajahy (Brusque) embarcam. Junto com eles estava o presidente da
província Francisco Carlos de Araújo Brusque, acompanhado do Major João de
Souza Mello Alvim, do Barão Maximiliano von Schneeburg entre outros. Seu
destino era o porto da Vila do Santíssimo Sacramento do Itajaí. Depois de todos
os passageiros terem embarcado, a nave de guerra levantou âncora e partiu,
deixando atrás de si uma espiral de fumaça saída de sua chaminé. Depois de
algumas horas de viagem a embarcação chegava à foz do rio Itajaí-Açu, porta de
entrada para as Colônias Itajahy e Blumenau.
Ao chegarem à barra do rio, o comandante e seus auxiliares
estavam preocupados com a segurança do navio devido aos perigos apresentados
pela entrada do porto. O rio era estreito, apresentando um formato de “S”, o
que dificultava a manobra para entrar, sem falar dos bancos de areia que
ameaçavam fazer encalhar a embarcação. Chamaram o prático do porto, que subiu a
bordo e assumiu o comando do navio. Esse homem manobrou a Belmonte com
segurança até o local do ancoradouro. Os passageiros olhavam agora para a Vila
de Itajaí, formada por algumas casas e uma igreja que podia ser avistada de
dentro do barco. Major Alvim foi para terra com o propósito de providenciar
hospedagem ao Presidente da Província e de sua comitiva. A Belmonte seguiu rio
acima até a barra do rio Itajaí-Mirim, local em que se encontrava o armazém
construído para receber os imigrantes. Mais uma etapa da viagem estava
concluída.
Pesquisa: Robson Gallassini (in memoriam)




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