Limpando o Terreno - Revista CARTUM INTERATIVA nº 191.

 

Uma das primeiras picadas abertas foi uma que seguia do rio em direção ao atual Bairro São Pedro, ou seja, saía da atual ponte Estaiada, passando pela Avenida Cônsul Carlos Renaux, atravessando a Rua Felipe Schmidt até o final da Rua São Pedro. Esta picada recebeu o nome de “Caminho Novo” e ali foram marcados os terrenos para os primeiros colonos. A picada que seguia em direção a Guabiruba, aberta anos antes, foi limpa, pois estava tomada pelo mato. Assim, davam-se os primeiros passos na construção do que um dia seria Brusque. Com a abertura de picadas em andamento, construção de barracões, um armazém para os mantimentos e um rancho para o diretor as coisas foram tomando forma. Dentro de pouco tempo os colonos já tinham derrubado a mata e iniciado a plantação. Eram pequenos proprietários, mas nem tudo era como tinham imaginado.

Logo depois da chegada, na margem direita descendo o rio, próximo do local onde está a Sociedade Bandeirantes, os colonos iniciam os trabalhos de limpeza do terreno. A linda colônia começa, porém não tem nada feito ainda, tudo está por construir. O Barão segue com os homens para inspecionar o terreno. Começam a construir os barracões e abrir as picadas. Os maiores empecilhos são os mosquitos, áreas alagadas e úmidas; cobras e aves.


Os colonos passam a limpar o terreno para poder construir e plantar. Derrubam o mato, esperam três dias para poder queimar, mas o mau tempo do mês de agosto não permite (chovia bastante naqueles primeiros dias, segundo o Barão). Logo depois chega a segunda leva de imigrantes, debaixo de muita chuva. Mais 139 colonos... Imagine a bagunça! Alguns passam mal e são tratados pelo Dr. Eberhardt (era químico com curso de medicina). Os 15 soldados presentes estão ali para defesa frente aos indígenas. Muitos são mulatos e negros. Nada de índios aparecerem, pois ainda é inverno.


Pesquisa: Robson Gallassini (in memoriam).

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