CIDADE DOS ALFAIATES - Revista CARTUM INTERATIVA nº 191.

 


Entre as 10 primeiras famílias que aqui chegaram, em 4 de agosto de 1860, já encontrava-se um alfaiate. Era João José Scharfenberg, procedente da Prússia ou Hesse (Darmstadt), 32 anos, casado com Catarina Elisabete Riesevick de 45 anos. Vieram com o casal seus 4 filhos, José (15 anos), Henrique (14 anos), Antônio (11 anos), Maria (4 anos), e um agregado, João Zimmer, de 49 anos. 

Logo após, no dia 19 de agosto do mesmo ano, chegaram 32 famílias acompanhadas pelo Major João de Souza Melo e Alvim, e entre eles podemos verificar a presença de outro alfaiate: José Waeschenfelder, natural de Baden.



Ao verificarmos os registros elaborados pelo Barão de Schnéeburg sobre a chegada dos primeiros imigrantes à Colônia de Itajahy-Brusque, podemos constatar que entre os anos de 1860 e 1861 ingressaram na região 6 alfaiates: João José Scharfenberg, José Waeschenfelder, Damiano Dei (em alguns relatórios o nome aparece grafado como Damiano Day), João Korman, Nicolau Schmidt e Carlos Sacht. Analisando os relatórios e os mapas estatísticos, podemos observar que além da profissão declarada pelos imigrantes (como as de alfaiate), encontra-se acrescida a profissão de lavrador. Esses dados nos sugerem que a atividade principal dos imigrantes consistia em explorar o seu lote colonial a fim da garantir sua subsistência, ficando a atividade artesanal como um trabalho secundário.

Antes de se tornar a “Cidade dos Tecidos”  e a “Capital da Pronta Entrega”, Brusque já mostrava sua “vocação” para a moda, recebendo um bom número de artesões que fabricaram aqui as primeiras vestimentas.


Pesquisa: Renato Riffel.

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