DEMARCANDO AS TERRAS - Revista CARTUM INTERATIVA nº 191.

 Ao escrever sua primeira carta sobre as condições da colonização, em agosto de 1860, o Barão von Schneeburg se refere às picadas feitas durante a medição da colônia: “... as picadas das antigas medições, estão quase todas fechadas por capoeiras e sem manutenção logo estarão intransitáveis.”. 




As medições para a criação da colônia tiveram início, provavelmente em 1856, pelo capitão Francisco José de Freitas e terminadas em março de 1858 por Carlos Felipe Garçon Riviere (Engenheiro civil e arquiteto, nascido em Paris, a 31 de agosto de 1795 e falecido no Rio de Janeiro a 23 de abril de 1893. 

Foi contratado pelo Governo Imperial para realizar a demarcação da colônia), dois anos antes da instalação da colônia, que ocorreu em 1860. 

Anos depois, em 1862, o engenheiro Rivieri estava novamente na colônia para medir e demarcar uma área que seria anexada à antiga. Desta vez, as terras estavam na margem direita do rio Itajaí-Mirim, às margens do ribeirão Limeira. 

A demarcação de terras enfrentou vários problemas, uma vez que famílias tinham ocupado terras indevidamente (invadido) e as medições atravessaram terras que já tinham donos. Os protestos duraram anos. 

Em alguns casos o Barão optou por conceder as terras já ocupadas a quem nelas vivia por considerar ser o correto. Em outras realizou trocas, dando lotes de terra e outras áreas.



O trabalho desses homens não era fácil. Em meio à mata virgem, deveriam medir e demarcar uma área de terras onde seria instalada uma colônia, além de produzir um mapa. 

Durante meses permaneceram isolados abrindo picadas e realizando a demarcação. Insetos, chuvas, cobras e aranhas, doenças, ferimentos, além do possível ataque dos indígenas eram problemas cotidianos. .

Pesquisa: Robson Gallassini (in memoriam)



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