Rubens Facchini - Revista CARTUM INTERATIVA nº 171.
Fonte:
site História dos JASC https://historiajasc.wordpress.com
Desde garoto, Rubens foi orientado pelos pais a respeitar os
mais velhos e, a exemplo dos demais garotos de sua geração, a tomar gosto pelo
trabalho. Sempre que podia, acompanhava o seu pai nos serviços prestados à
Cia.Ind. Schlösser.
Através do primeiro contato com Arthur Schlösser, passou a
frequentar as quadras de Basquete do Bandeirante. Interessado em comunicação
social e apaixonado pelos esportes, Rubens fez parte da equipe esportiva da
Sociedade Rádio Araguaia de Brusque, onde começou a trabalhar, aos 17 anos de
idade.
Aos 20 anos de idade, foi procurado na redação da Rádio
Araguaia por Manfredo Hoffmann, que levou para ele um pedido especial:
“ O Seu Arthur Schlösser quer falar contigo amanhã, no escritório
dele, depois das 5 horas da tarde.” Facchini nem gaguejou, aceitando na hora.
Curioso sobre qual seria o assunto, tratou logo de se programar para, no dia
seguinte, no horário combinado, estar no escritório dele para uma conversa que
mudaria para sempre a sua vida e a história do esporte catarinense.
“Eu quero fazer uma competição esportiva parecida com os
Jogos Abertos do Interior de São Paulo”, disse Arthur, lançando a Rubens um
desafio. Os Jogos Abertos do Interior de São Paulo, em 1957, foram realizados
no município de São Carlos. Rubens Facchini foi incumbido de acompanhar a
delegação e preparar um relatório com todos os detalhes, além de conseguir
formulários e outros materiais dos jogos. “Eu vou”, respondeu Rubens, sem
pestanejar.
A delegação participou ainda dos jogos de 1958 e 1959, para
em 1960 organizar os primeiros jogos catarinenses. Para isso, Rubens foi
convidado pelo idealizador Arthur Schlösser a representá-lo nas viagens aos
demais municípios para falar dos jogos e convocar uma delegação participante.
Embora na época já tivesse a sua empresa de transportes, ao lado dos irmãos
Nilo e Atílio Facchini, Rubens largou tudo para cumprir o combinado com o Sr
Arthur. O deslocamento para algumas cidades era mais demorado do que hoje em
dia, em virtude das poucas e precárias estradas da época. “Vencer os cerca de
500 km que separam Brusque de Concórdia, por exemplo, a bordo de um Fusca 1960,
não era uma simples aventura era uma Odisséia!”, disse Facchini. “Era uma
estrada de terra, percorrida durante várias horas, comendo poeira ou atolando
sob chuva. Em tais condições foram percorridos municípios como: Concórdia,
Joaçaba, São Bento do Sul, Criciúma, Mafra...
Facchini nem agendava reunião com os prefeitos. Somente
chegava, pedia pra falar com o governante e aguardava sentadinho até ser
recebido. “Prefeito, um homem de Brusque veio aqui para falar com o senhor
sobre os Jogos Abertos”, anunciava alguém. “Jogos... ? Jogos O Quê?” –
perguntava o prefeito, que logo em seguida abria a porta do seu gabinete e
vinha atender. Facchini conversava com ele, explicava tudo sobre os JASCs e,
antes de sair, entregava uma carta de Arthur Schlösser convidando a delegação
da cidade par participar das competições.
As prefeituras, naquela época, não dispunham de uma
secretaria ou de uma fundação municipal de esportes, sequer mantinham uma
comissão de esportes. O mais comum era encontrar clubes esportivos que não
contemplavam muitas modalidades. As mais populares daquele tempo eram o tiro e
o futebol. “Então, custeie a ida do clube do senhor, vai ser uma coisa boa! “,
argumentava Facchini no encontro com cada prefeito.
Fonte:
site História dos JASC https://historiajasc.wordpress.com
Comentários
Postar um comentário