O FINDAR DA VIDA DO CÔNSUL CARLOS RENAUX - Revista CARTUM INTERATIVA nº 153.
ATENÇÃO:
As histórias em quadrinhos contidos no Livreto do Cônsul são meramente ilustrativas não servindo como fonte de pesquisa!!
(Extraído do Livro "Brusque Os 60 e O 160: Elementos da Nossa História" (Rosemari Glatz - UNIFEBE 2018)
Em discurso proferido pelo Cônsul, por ocasião da inauguração do Hospital de Azambuja, a 11/03/1936, ele assim se expressou:
"De modo algum quero eu ser agradecido pelo que fiz ou dei em benefício desta obra. De igual maneira, não quero ser louvado por atitudes de benemerência de igual caráter. Se a conquista de bens materiais realmente traz algumas facilidades na vida e o sucesso empreendedor desperta o reconhecimento social, por outro lado exige do cidadão muito mais responsabilidade e compromisso frente a sua comunidade. Eu conheço muito bem tais obrigações, pois, de início modesto, minha vida foi de trabalho duro e repleta de sacrifícios e de privações. É dentro desse mesmo espírito pois, e movido pelo mesmo sentimento de gratidão, que minha oferta se destina à terra a qual, há mais de meio século, deu-me generosa acolhida e que um dia me abrigará em sono eterno (In: arquivo pessoal Villa Renaux).
O findar da vida
Depois de enviuvar pela terceira vez, em 1939, o Cônsul Carlos Renaux morou sozinho em sua residência, onde desviveu, de morte natural, em decorrência de acidose colapso cardíaca, no dia 28/01/1945, aos 82 anos de idade.
Era uma quente manhã de domingo e, estando com a respiração difícil, Carlos Renaux pediu para ser colocado na sua poltrona preferida, na sala da sua casa. O filho Otto e o genro Walter Bückmann o ladeavam. Uma irmã da Divina Providência também veio à casa e estava com eles. Com sentimento de missão cumprida, Karl Christian Renaux encerrou sua história terrena proferindo, com serenidade, as suas últimas palavras:
"Meine Stunde ist gekommen"(traduzindo do alemão, significa: "Minha Hora Chegou").
A irmã da Divina Providência comunicou a morte aos presentes. Eram aproximadamente 10 hs do dia 28/01/1945.
(em letras verdes, acima, este trecho foi extraído do Anuário "Notícias de Vicente Só" / Sociedade Amigos de Brusque, nº 68, UNIFEBE 2021)
Para o seu sepultamento, uma longa carreata composta por membros da comunidade, empregados, familiares, e grandes nomes da economia e da política de Santa Catarina e de outros estados vieram para o último adeus. Estima-se que cerca de 10.000 pessoas compareceram ao funeral deste ilustre cidadão de Brusque, destacando-se a presença do Governador do Estado, Exmo.Sr. Nereu Ramos, do Bispo de Florianópolis, Rvmo. Dom Joaquim Domingues de Oliveira e muitos outros padres.
Legado
Após a morte do Cônsul, seus descendentes costumavam se reunir na Villa Renaux duas vezes ao ano, para render homenagem aos antepassados: no dia 11/03, aniversário natalício de Carlos e, em 08/12, aniversário natalício da sua esposa Selma Wagner, mãe de todos os 11 filhos de Carlos Renaux.
Durante muitos anos, Selma Carolina, a filha mais nova de Carlos e Selma, residiu na Villa Renaux, contribuindo para a preservação do patrimônio.
E, no início dos anos 1990, a bisneta do Cônsul, a historiadora Maria Luiza Renaux - conhecida como Bia, fixou residência na Villa Renaux, em ânimo definitivo. Bia desviveu no dia 05/01/2017, e durante os cerca de 25 anos em que morou no imóvel, se dedicou a preservar a propriedade tal como concebida pelo arquiteto Eugen Rombach, deixando como legado o projeto do Museu Cônsul Carlos Renaux.
Fonte: "Brusque Os 60 e O 160: Elementos da Nossa História" (Rosemari Glatz - UNIFEBE 2018)
"Notícias de Vicente Só" / Sociedade Amigos de Brusque, nº 68, UNIFEBE 2021
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