CARLOS RENAUX CONDENADO À MORTE - Revista CARTUM INTERATIVA nº 153 - LIVRETO DO CÔNSUL
ATENÇÃO:
As histórias em quadrinhos contidos no Livreto do Cônsul são meramente ilustrativas não servindo como fonte de pesquisa!!
Texto de Rosemari Glatz, publicado no Jornal O Município de 22/07/2016.
A Revolução Federalista teve início em 2 de fevereiro de 1893, alguns dias depois da eleição de Júlio Prates de Castilho à presidência do estado gaúcho. Os federalistas, aproveitando que a república havia acabado de ser formada e insatisfeitos com o domínio político do tirano Júlio Castilho, pegaram em armas para derrubar o governo do RS. O período, também chamado “República da Espada”, se transformou numa batalha disputada entre os federalistas (maragatos) e os republicanos (pica-paus) constituindo uma das mais violentas e sangrentas revoltas travadas no sul do Brasil.
Os federalistas avançaram sobre Santa Catarina, adentrando o estado e envolvendo cidades como Tijucas, Itajaí, Brusque, Gaspar e Blumenau, gerando grande impacto. Ao discorrer sobre o assunto, Silva conta que o pânico tomou conta da população. (…) Famílias inteiras abandonaram, apressadamente, a Vila escondendo-se nas mais longínquas casas de colonos, no interior.
Sob o comando do general Laurentino Ponto Filho, as tropas rebeldes ocuparam Blumenau. E, embora tivessem feito espalhar boletins, aconselhando os que haviam se retirado a regressarem aos seus lares, garantindo-lhes a integridade física e a de seus bens, não deixaram de se verificar sérias represálias e atos de violência contra alguns moradores.
Vários republicanos, que não quiseram, ou não puderam seguir com as forças legais, foram presos e suas casas depredadas e saqueadas. O jornal “Blumenauer-Zeitung”, que tão corajosamente e galhardamente se vinha batendo ao lado dos republicanos, foi empastelado. Parte de suas máquinas e tipos foi atirada ao rio e parte remetida para Desterro. As coleções encadernadas e o estoque de papel foram queimados.
Como se viu, em tempos de guerra, às vezes somos salvos pelo inimigo.
Texto de Rosemari Glatz, publicado no Jornal O Município de 22/07/2016.
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