DOENÇAS NA COLÔNIA - Revista CARTUM nº 144 (Págs 10 e 11)


Ao olhar para os idos de 1826, para a cidade de Desterro (atual Florianópolis), descobrimos que muitas epidemias atingiram a população. A varíola, disenteria e febres causavam a morte de muitas crianças.  Nos primeiros anos da colônia Brusque, a situação não era diferente, muitos eram os perigos, que os colonizadores enfrentaram, como: ataque das cobras, ao entrar nas matas, ou mesmo a queda de árvores, durante a preparação da terra para a lavoura. Acidentes com armas de fogo eram comuns e as epidemias como a de 1876 de varíola e desinteira, que ocorreu em Brusque, entre janeiro e fevereiro, fizeram de 4 a 6 mortes por dia. Diante dos casos mais difíceis o médico não tinha outra escolha senão encaminhar os doentes para Desterro. Imagine, como seria a viagem e o tratamento na capital: mais de uma semana por estradas e rios, e ser tratado por médicos que não entendiam a língua dos recém-chegados...





Nossos médicos, contavam com poucos recursos, os medicamentos eram poucos e vinham da capital. A primeira lista de medicamentos em nossa colônia é datada de 24 de outubro de 1860, e registrada pelo Barão de Schneeburg. Não deixa de ser curioso, citar alguns dos medicamentos que eram encontrados na época em Desterro, capital da Província, vejamos: sementes de mostarda, sal amargo, óleo de rícino em garrafas... Outros curiosos, que não serviam de remédio como: banha de jacaré macho, para tingir cabelos! Em 1881, era receitado para a cura de uma inflamação ou de um furúnculo, o uso de sanguessugas, vejamos um anúncio: "Bichas monstras! na rua da Constituição, nº 10, sala de barbear e cortar cabelos, aluga-se e aplica-se!".

Pesquisa: Marlus Niebuhr.

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