CINEMA MUDO - Revista CARTUM Nº 141
Quando recordamos da história do cinema em Brusque, como não
lembrar da figura de Carlos Gracher – que, em 1915, instalou o "Cine Esperança"?
Este primeiro cinema, localizava-se no Hotel Schaefer, alugado por Gracher.
Naquele tempo, era a época do cinema mudo... Assim, para animar as sessões de
cinema, eram chamados os famosos conjuntos musicais, é necessário recordar que
era fundamental a presença dos seguintes instrumentos no conjunto: um violino,
um violão e um cavaquinho. Era natural que os músicos improvisassem de acordo
com o filme, ao mudar de cada cena que era apresentada, o que mostrava todas as
suas habilidades e destreza. Quando não era possível a presença dos músicos,
era utilizada uma vitrola, no entanto a música da engenhoca não acompanhava o
filme. As reclamações do público eram inevitáveis!
É fundamental recuperarmos algumas histórias do "Cine
Esperança". Vejamos: é curioso notar, que os expectadores, aqueles que
frequentavam o cinema, eram quase sempre os mesmos. Assim, o horário da sessão
era um problema... A entrada para a sessão era anunciada por uma sineta na rua,
porém era comum o horário mudar, pois muitas vezes era necessário esperar a
chegada de determinada família, ou expectador. As cadeiras da sala de projeção
eram colocadas em fila, todas de madeira e palha. Um corredor no meio dava
passagem para os expectadores. Mas havia duas cadeiras reservadas, uma para o
delegado e outra para um convidado, afinal, a ordem era necessária...Vantagem à
parte, o delegado assistia ao filme de lado, pois tinha que controlar a
plateia. Em 1932 foi instalado o "Cine Guarany": em 1937, o cinema
foi alugado e recebeu o nome de "Cine Colyseu". Carlos Gracher, afastou-se dos negócios e
mais tarde, seu filho Arno Carlos Gracher, instalou o "Cine Real", em
1949. No ano de 1957 foi inaugurado em Brusque, a mais moderna sala de cinema
de Santa Catarina, o "Cine Teatro Real" com capacidade para 1.250
lugares.
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