BRUSQUE ONTEM "Ternos A Domicílio" - Revista CARTUM INTERATIVA nº 163.

 As lojas que vendiam roupas prontas para vestir começaram a ganhar expressão em Brusque, a partir da década de 1970. Diante desse fato o trabalho dos alfaiates, estreitamente ligado ao modo de produção artesanal, começa a perder importância. Com a diversidade de produtos oferecidos pelas lojas, muito deles com preços bastante acessíveis, o movimento das alfaiatarias entrou num processo de declínio.

Contudo, nas épocas de baixas vendas, alguns alfaiates saíam em busca de clientes em outras cidades, utilizando-se às vezes de formas inusitadas para vender seus produtos. Mediam e cortavam os ternos na casa dos clientes, geralmente nas regiões menos urbanizadas, fazendo do atendimento domiciliar uma alternativa para garantir o sustento da família.


O Sr. Harry Laube relatou, em entrevista, que numa dessas épocas foi a Jaraguá do Sul, cidade onde nasceu e onde tinha um bom número de conhecidos, a fim de vender seus ternos. Carregou um caminhão com 4.500 abacaxis e partiu para a cidade levando consigo um ajudante. Consegui vender os abacaxis, e ainda vendeu, cortou e provou 10 ternos, recebendo o pagamento no mesmo dia.

O Sr. Davino Ferreira de Mello, alfaiate que trabalhou na empresa Irmãos Krieger, também teve seus dias de vendedor ambulante: foi a Tijucas de bicicleta, conseguindo vender na cidade sete ternos da empresa.

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