PRIMEIRA INDÚSTRIA TÊXTIL DO BRASIL - Manual do Brusquense.
No ano de 1892, o comerciante local Carlos Cristiano Renaux fundou a primeira indústria têxtil de Brusque, e também considerada a primeira do Brasil.
Os primeiros teares foram feitos pelos imigrantes poloneses, conhecedores da arte de fiar, e foram instalados no interior do armazém de Carlos Renaux, na rua principal (onde está a atual Praça Barão von Schneeburg), que servia de depósito para as mercadorias comercializadas na Vila.
Com cerca de oito teares a produção teve início. Os tecidos de algodão eram produtos difíceis de encontrar e até então eram trazidos de fora da cidade. É importante lembrar que os colonos compravam os panos, mas as roupas eram costuradas em casa pelas mulheres da família, ou encomendados a um alfaiate.
A Fábrica de Tecidos Carlos Renaux foi fundada no dia do aniversário de seu proprietário (ele estava completando 30 anos), 11 de março de 1892.
Tempos depois, foi transferida para novas instalações na Rua dos Pomeranos (atual avenida 1º de maio), assim chamada em homenagem aos imigrantes pomeranos que ali se instalaram.
O local foi escolhido por possuir um ribeirão
que poderia gerar a energia necessária para a fábrica. Ali, em novas
instalações a empresa prosperou.
Pesquisa: Robson Gallassini (in memoriam).
BRUSQUE, O BERÇO DA FIAÇÃO CATARINENSE.
A Fábrica de Tecidos Carlos Renaux iniciou as atividades em 1892, com oito teares manuais e foi a primeira indústria têxtil de Brusque. A Renaux tornou-se referência nacional e uma das três fábricas centenárias abertas por imigrantes alemães e poloneses, que formaram o polo têxtil na região e deram à cidade o título de "berço da fiação catarinense".
Após 121 anos de funcionamento, a empresa decretou falência em julho de 2013, deixando marcas na paisagem e no coração dos brusquenses, além de 230 desempregados. Nos galpões escuros, as máquinas paradas tinham tecidos nas bobinas e o chão coberto de fiapos de algodão e restos de tecido.
A crise nas fábricas centenárias de Brusque começou com a abertura comercial no País, nos anos 90. As indústrias sucateadas e mal geridas não conseguiram competir com as importações. Com a produção verticalizada, faltou capital de giro para manter o negócio. O modelo dessas empresas concentrava na fábrica todo o processo produtivo, da compra do algodão à entrega da toalha ou tecido. Isso fez com que o prazo entre o investimento nos insumos e a receita com o produto ficasse mais longo, prejudicando a situação do caixa.
Outro golpe foi a crise do algodão, em 2011, que fez o preço da commodity triplicar em um ano. Na época, as empresas entraram em recuperação e, as que sobreviveram, ainda lutam para sair da situação.
Fonte: https://brusque.portaldacidade.com/noticias/esportes/primeira-industria-textil-de-brusque-volta-a-operar-como-centro-industrial-renaux
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