RACISMO
O QUE É O RACISMO NO BRASIL
Contribuição: Professora Marlina Oliveira
Racismo é uma opressão social que faz com que um determinado
tom de pele seja colocado em um lugar de inferioridade, porque existe um
entendimento de que há uma superioridade de raças. Porém, biologicamente
falando, não existem raças, pois temos os mesmos órgãos internos e as
diferenças na melanina da pele se referem às nossas origens ancestrais: peles
claras possuem a sua origem em locais de menor incidência solar e pelas escuras
são carregadas de melanina que serve para proteger a pele da maior incidência
solar. Definitivamente o tom da pele não serve de parâmetro para definir o
caráter ou a honestidade de alguém.
O Racismo diz respeito a todos nós: negros ou brancos. Todos
nós temos que estar empenhados em superá-lo. As pessoas brancas têm um papel no
“aprender” sobre isto e é um papel determinante ouvir sobre algo que não sabe o
que é estar em uma minoria que por vezes é hostilizada. Então um dos primeiros
passos é ouvir quem possui esta experiência.
Se nós pensamos em algum dia termos uma sociedade mais
justa, igualitária e que todos possam ter as mesmas condições, é importante que
hoje seja debatida esta questão do racismo.
O Brasil possui uma dívida histórica com a população negra.
Fazem cerca de 120 anos que a escravidão deixou de ser permitida. Ainda é muito
recente e as suas consequências ainda não foram corrigidas adequadamente.
Enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, houve um processo de inclusão social
dos negros, no Brasil buscou-se um “branqueamento” da sua população trazendo
imigrantes europeus. O Brasil foi o último país do mundo a não mais fazer uso
do trabalho escravo.
O racismo brasileiro é estrutural. Ou seja, se 54% da
população deste país é negra, nós já deveríamos ser um país igualitário também
em oportunidades. Existe um falso discurso de que possuímos uma democracia
racial, mas ainda estamos longe disto. Basta verificar a porcentagem de negros
e brancos ocupando vagas nas faculdades e também nos presídios, ou a
porcentagem de mortes prematura de maneira violenta, além de vários outros
exemplos.
O QUE FAZER?
A vítima do racismo jamais deve se sentir menosprezada. Em
toda a parte do planeta as relações sociais são baseadas na prepotência do
grupo dominante e consequente exclusão desta minoria até mesmo havendo atitudes
hostis. É assim com grupos religiosos, grupos políticos, grupos étnicos e até
mesmo com torcidas de futebol. O que é inerente ao ser humano não é o ódio
contra quem se apresenta DIFERENTE ao seu padrão que considera ser o correto.
Mas a necessidade de pertencer a um grupo dominante e se sentir protegido com
isso.
A vítima do racismo deve considerar esta realidade de uma
humanidade ainda um pouco atrasada e que há apenas 150.000 anos ainda vivia em
cavernas batendo com a clava na cabeça um do outro. Algum dia todos teremos a
clareza em ver um ser humano a nossa frente, independente da suas
características étnicas, filosóficas, políticas ou futebolísticas.
Jesus Cristo pediu uma única coisa a toda a humanidade: que
nós amássemos uns aos outros e não especificou as características de quem deva
ser amado. Portanto não dê bola para os racistas. Saiba que sempre vai ter
alguém em nosso caminho para testar nossa compreensão e nossa capacidade de
amar ao próximo. Mesmo que ele não mereça.
DENÚNCIAS
Ataques racistas quando repetitivos acabam por gerar um stress
em sua vítima. Não revide, pois você estará se tornando em um agressor também.
DENUNCIE!
Polícia Militar: 190
Denúncia de Violação de Direitos Humanos: 100
Telefones Úteis:
Central de Atendimento à mulher: 180
Polícia Militar: 190
Denúncia de Violação de Direitos Humanos: 100
CVV - Centro de Valorização da Vida: 188
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