SUBINDO O ITAJAHY-MIRIM - Revista CARTUM nº 139
Amanhece. No barracão de imigrantes todos se movimentam. O
Barão organiza o embarque geral. Os canoeiros, metade deles mulatos, já estão a
postos com as canoas de cerca de 10 metros. Depois de muito trabalho, os
imigrantes são embarcados, mais as bagagens – pouca coisa, é claro!! O Barão
faz pequeno discurso e partem. Pedro Werner acompanha.
Os imigrantes olham a
mata, os animais, se encantam. Depois de meio dia de viagem já estão
preocupados: falta muito? Aparecem nuvens e começa a chover. Volta o sol. Chove
de novo! Ao longo do rio havia mata virgem e de tempos em tempos encontravam um engenho de madeira com pastos. Passavam por plantações de milho, mas na maioria do tempo era mata virem. Muitas
curvas no rio (muitasssssssss) Os canoeiros descem com frequência para puxar as
canoas (desembarcam e vão pelo barranco puxando as canoas nas correntezas
utilizando cordas. Ao anoitecer são recepcionado em um engenho de madeira, de propriedade de Pedro Werner, onde passam a noite, todos espremidos em um rancho.
Depois de 5 dias de viagem, desembarcam em Vicente Só os 55
colonos alemães (ver lista completa no QR CODE da página 13), Pedro Werner e o Barão. São
recebidos em seu engenho que ficava na margem direita descendo o rio, próximo
do local onde está a Sociedade Bandeirantes. Muita coisa já está desmatada. No
outro lado do rio, no lugar entre a ponte Estaiada e a dos Bombeiros, morava
Mathias Wagner, com pasto e roça de cana, e um pequeno engenho. Possuía dois
bois e alguns pés de laranjas em frente à sua casa. O engenho não tinha paredes
laterais e o telhado era de palha. Enquanto isso os colonos se ajeitavam no
engenho de Pedro Werner
Pesquisa: Robson Gallassini (in memoriam).
Comentários
Postar um comentário