MEMÓRIAS DE HENRIQUE PEDRO ZIMMERMANN
Henrique Pedro Zimmermann, ilustre gasparense
nascido a 31 de março de 1900. Depois de completar os estudos em Gaspar,
Blumenau e Florianópolis, exerceu diversas funções públicas, como na Embaixada
Brasileira em Montevidéu e na Secretaria da Fazenda de Santa Catarina. Foi
professor e lecionou o idioma alemão na Universidade do Paraná, entre outras
atividades. Trabalhou no Consulado Alemão em Curitiba e foi um os redatores do
jornal “Der Kompass”. Henrique Pedro Zimmermann registrou ao longo dos anos
suas memórias, e muitas delas remetem ao seu tempo de infância, fase da vida em
que viveu em Gaspar.
“As famílias alemãs que vieram para Gaspar deixaram a
Alemanha em 1828 e, em começo de 1829, foram levados de Desterro
(Florianópolis) para a Colônia de São Pedro de Alcântara. De acordo com as
tradições, chegaram a Gaspar em 1832, embora não existam documentos para
comprovar essa data. Vários fatos, porém, indicam que foi naquele ano que eles
vieram para Gaspar. O fato é que os colonos de Gaspar forneceram produtos da
lavoura e outros gêneros alimentícios aos colonos de Blumenau, que vieram em
1850. Outro testemunho que parece comprovar esta afirmação é o do Sr.
Baungarten, que subiu o rio Itajaí, se não me falha a memória, no ano de 1856 e
que falou das plantações, das pastagens povoadas de gado e dos bonitos
laranjais dos colonos que povoavam a margem direita do rio desde Pocinho até
Belchior.”
BLUMENAU EM
CADERNOS. Blumenau, X, nº 11, nov 1969.
“...Conhecida a região, logo em seguida vieram mais ou menos
vinte famílias, que se fixaram desde o Poço Grande até Belchior. Os Schramm e
os Zimmermann fixaram-se no local onde hoje se situa a cidade de Gaspar. Os
Deschamps foram mais além e fixaram-se no sítio de Belchior. No Poço Grande
ficaram os Schmitt, Spengler e outros mais. Todas essas famílias possuíam, além
de vários filhos, uma numerosa parentagem que os acompanhou ao novo local de
residência.”
“... Nicolau Deschamps, no Belchior, montou serraria movida
à água. (...) a maioria dos proprietários só residiu em ranchos provisórios até
dispor de madeira serrada para a construção de uma casa melhor. Também fizeram
questão de cobrir as suas casas com telhas de barro, o que exigiu a instalação
de uma olaria. Os Zimmermann foram pioneiros na fabricação de tijolos e telhas
na região de Gaspar. Essas famílias, ao que tudo indica, vieram de São Pedro de
Alcântara. Os primeiros, em 1832, e outros poucos, anos mais tarde (...).”
“...As terras eram de grande fertilidade e produziam bem, o
que possibilitou aos colonos vender muito de sua produção em Itajaí. Os
artesãos logo copiaram os engenhos de farinha de mandioca e passaram a
construí-los para os colonos de Gaspar.”
BLUMENAU EM
CADERNOS. Blumenau, IX, nº 8, ago 1968.
Fonte: Gallassini,
Robson, 1980-2012 / História Ilustrada de Gaspar / Bumenau: 3 de maio, 2013.
66p.
Pesquisa: Robson Gallassini (in memoriam).
MATERIAL NÃO PEDAGÓGICO.
APENAS DE ENTRETENIMENTO.
Os quadrinhos são meramente ilustrativos.
Para realizar pesquisas, consulte o ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL, ACESSANDO O LINK ABAIXO:
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