A ESTÁTUA JOANA
Antes de podermos vislumbrar pelas ruas a estátua do Cônsul
Carlos Renaux, o busto de Francisco Carlos de Araújo Brusque, o monumento ao
imigrante, as estátuas do morro da cruz, as grandiosas obras nas entradas da
cidade ou mesmo as obras de arte provenientes do Simpósio Internacional de
Esculturas, uma mulher reinou soberana em forma de estátua no centro de
Brusque: a popular, Joana. Em 1908, dois anos antes de Brusque completar 50
anos, a comunidade começa a pensar na festividade, assim é lançada a ideia de
realizar um monumento comemorativo. A ideia inicial previa uma escultura em
bronze de uma mulher que simbolizaria Brusque. Seus braços apoiariam uma
lâmpada acima de sua cabeça, projetada para funcionar ou com acetileno ou
álcool. Em sua base se pretendia construir dois chafarizes para abastecer a
população local com água e também estampar a imagem de Araújo Brusque e Luiz
Betim de Paes Leme, este último foi administrador da colônia entre 1872 e 1875.
Entretanto, o projeto inicial sofre alterações e, em 1910,
decide-se que a estátua seria de bronze e que as imagens na base seriam
trocadas por leões. A estátua é instalada em uma pequena praça construída na
frente da casa de Carlos Renaux. Por isso, ela fica popularmente conhecida como
Joana, nome da esposa do Cônsul. Em 1913, depois da instalação de energia
elétrica em Brusque, sua lâmpada passa a se iluminar através de eletricidade.
Décadas mais tarde, ela é transferida para a cabeceira da ponte Coronel Vidal
Ramos (hoje Ponte Estaiada Irineu Bornhausen). Em 1955, acontece a colisão de
um automóvel e Joana se despedaça. Assim, é retirada do ambiente público.
Apenas próximo às comemorações do centenário de Brusque, em 1960, é que a
estátua é recuperada e é instalada no jardim da Sociedade Amigos de Brusque,
onde fica o Museu e Arquivo Histórico do Vale do Itajaí-Mirim ”Casa de
Brusque.”
Pesquisa: Carlos Eduardo Michel.
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