A Pedra de Gaspar - Revista CARTUM GASPAR nº 11.

A tradução feita pelo frei Simão Voigt foi rápida, faltando apenas decifrar parte da terceira linha que contém uma fileira muito estranhas de sete letras "L". As quatro linhas são formadas das seguintes letras, respeitado o espaço existente entre elas: TR KLM RT LB / LZM TB MMY SD SB / K LM B LLLLLLL TN SB / LBTY. 

A tradução ao pé da letra é:

“O comandante dos navios, com temor no coração / no propósito de bem das águas da violência regressar / navios B LLLLLLL concede regressar / para a minha casa”. 


QUEM FORAM OS FENÍCIOS?



Os fenícios foram um povo semita (grupo étnico e linguístico que se acredita ser descendente de Sem, filho de Noé), originário de Canaã (região que hoje corresponde ao Líbano, Síria, e norte de Israel), contemporâneos dos hebreus e dos impérios grego e romano, por volta de 2300 a.C.

Se destacaram por criar o primeiro alfabeto fonético (que influenciou o alfabeto árabe e cirílico), e por serem exímios comerciantes e mestres da navegação, o que aumenta as suspeitas de terem vindo parar em terras brasileiras, antes de Cabral e registrar a sua escrita na cidade de Gaspar.

A região originária da Fenícia foi invadida e conquistada inúmeras vezes, por povos diversos, levando gradativamente ao fim desta civilização.

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FRAUDE

Segundo o professor Evaldo Pauli da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), estas inscrições poderiam constituir a prova de que navegantes semitas estiveram antes de Cabral no nosso país, tese compartilhada pelo frei Simão Voigt (RJ), antes de conhecer a pedra.

Após muitos anos de debates e especulações, o renomado epigrafista Frank Moore Gross da Universidade de Harward, nos Estados Unidos, declarou que a inscrição era sem nenhuma dúvida uma falsificação. O autor da fraude teria modificado algumas letras de um conhecido documento semítico chamado: a “inscrição de Baal Libano”.

A “inscrição Baal Líbano”, conhecida como KAI 31, é uma inscrição fenícia encontrada em Limasso, no Chipre, em oito fragmentos de bronze na década de 1870. Na época de sua descoberta, eles foram considerados o segundo achado mais importante na paleografia semítica, depois da estela de Mesa.

Atualmente a pedra de Gaspar está no Museu do Homem do Sambaqui, em Florianópolis (SC). Infelizmente a pedra nunca mais recebeu maiores atenções dos acadêmicos. Diversos pesquisadores do Brasil, como o neo-difusionista Luis Galdino, defenderam uma maior investigação desse misterioso objeto.

Fraude ou não a “pedra de Gaspar” deixa grandes mistérios, e para alguns o caso não teve a devida atenção e respeito e não pode ser considerado como encerrado. Mas mesmo sendo uma fraude, faltou descobrir quem produziu a escrita nessa pedra, quem a colocou no sambaqui e com quais intenções.

Em pesquisas pessoais, descobri que por volta do ano 1872, um arqueólogo francês chamado Conde de La Hure, esteve pesquisando em Santa Catarina sobre a pré-história do Brasil. Ele era um grande conhecedor das escritas antigas, inclusive a fenícia, mas teve negado pelo IHGB (Instituto Histórico Geográfico Brasileiro) auxílio financeiro para continuar suas pesquisas no estado. Então ele pode ter muito bem forjado a grafia na pedra deixando-a no sambaqui esperando que alguém a encontrasse.

Quando isso ocorresse haveria um grande burburinho e com certeza ele seria convocado para estudar o achado já que era perito em escritas antigas. Com isso receberia as verbas necessárias para continuar suas pesquisas da pré-história de Santa Catarina. Para seu azar, ninguém encontrou a pedra e ela ficou enterrada e esquecida por cerca de 100 anos, até que os trabalhadores de Gaspar a encontraram. Mas isso são apenas conjeturas e especulações por falta de qualquer outra evidência que aponte para outra pessoa que poderia ou teria capacidade ou interesse para elaborar tal falsificação e colocar a pedra naquele local.

Há no Brasil várias inscrições que foram atribuídas a fenícios ou outros povos. Depois de longos e minuciosos estudos, constatou-se que todas, absolutamente todas, são fraudes. Até hoje jamais foi encontrada uma única evidência ou prova de que alguma vez fenícios ou outros povos do Oriente Médio estiveram no Brasil em qualquer época.

JORNAIS:

Pesquisador americano revela que os fenícios estiveram no Brasil - Correio do Povo, Porto Alegre-RS, 23.05.68.

CASTELO BRANCO, Renato – Teriam os fenícios conhecido o Brasil? – Correio do Povo, Porto Alegre-RS, 29.07.70.

Inscrições do século VII A.C. na pedra encontrada em Santa Catarina – Correio do Povo, Porto Alegre-RS, 11.08.72

Vários sites na Internet, entre eles:


https://tododiablumenau.blogspot.com/2013/10/fenicios-em-santa-catarina-pedra-de.html?fbclid=IwY2xjawIw-YhleHRuA2FlbQIxMAABHVvcHySCA8Xim1Uj5nXyH73aEnXV91xaycs75L9mlMsPZlTbZogKGRQu-g_aem_sysT0EoHNDaR3eZ3TtaErw

 

https://manoaexpedicoes.blogspot.com/2012/02/arqueologia.html

 

 Créditos para: @Zeno Antonio Becker Filho

 

 

 

 

 

 

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