Turismo SC: BLUMENAU - Revista CARTUM INTERATIVA nº 175.
Blumenau é conhecida em todo o Brasil como uma das cidades com maior influência germânica em sua cultura e história. Fundada em 1850 pelo filósofo alemão Hermann Bruno Otto Blumenau, a cidade guarda fortes características européias, encantando visitantes do Brasil e exterior por sua arquitetura, gastronomia, natureza, indústrias, chope gelado e festas.
A cidade é um excelente centro de compras, oferecendo
produtos como cristais e artigos têxteis, reconhecidos nacionalmente e
internacionalmente. Conhecida como cidade organizadora de grandes eventos, como
a Oktoberfest, com infra-estrutura profissional é sede do maior Centro de
Eventos de Santa Catarina, o Parque Vila Germânica.
Prefeito: Mário
Hildebrandt (Podemos) 2021.
Área Territorial:
Área Total: 519,8 Km², sendo:
Área Urbana: 206,8 Km² (39,78%)
Área Rural: 313,0
Km² (60,22%)
População estimada:
366.418 (2021).
Densidade
Demográfica: 595,97 hab/km² [2010].
PIB per capita: R$ 49.145,71 [2020].
Escolarização 6 a 14
anos: 97 % [2010].
Área Territorial
Blumenau, em sua extensão máxima, chegou a possuir área de 10 610 km².
Em 1930, houve a partição de Rio do Sul. Em 1935, eram desmembrados Ibirama, Timbó, Gaspar e Indaial.
Em 1936, foi a vez de Rodeio.
Em 1948, Taió e Ituporanga se separaram de Blumenau.
No início da década de 1960, uma nova onda de desmembramentos criou outros 31 novos municípios a partir de Blumenau.
Atualmente, a extensão da cidade é de 519,8 km².
Símbolos oficiais
Ao topo, vê-se a depicção da fachada de um castelo reproduzida várias vezes, com suas ameias em destaque, representando municipalidade.
Logo abaixo, estão ilustradas as províncias germânicas das quais veio o maior número de contingente populacional para colonizar o município, além de na parte central constarem símbolos nacionais e estaduais, simbolizando o amálgama entre Brasil e Alemanha.
Ao lado esquerdo do brasão, encontra-se uma representação do doutor Blumenau a partir de imagens de arquivo.
Ao lado direito, encontra-se um machadeiro, simbolizando os primeiros colonos da cidade.
Abaixo deles, uma roda dentada de engrenagem remete à indústria blumenauense, principal atividade econômica do município.
Por fim, a fita por cima da roda dentada simboliza fidelidade ao estado e ao país.
A bandeira de Blumenau trata-se do brasão da cidade inserido em um círculo amarelo que, por sua vez, encontra-se centralizado sobre quatro listras vermelhas e três listras brancas em um retângulo.
As cores da bandeira representam as cores de fitas e laços com as quais as mulheres blumenauenses enfeitaram a bandeira imperial que os 56 voluntários de Blumenau levaram consigo para a Guerra do Paraguai, em 1865.
O hino da cidade, simplesmente intitulado "Hino de Blumenau", foi instituído pela lei ordinária 5514/00 de 22 de agosto de 2000, devido às comemorações dos 150 anos da cidade.
OUÇA O HINO DE BLUMENAU, ACESSANDO AQUI !!
Seguindo a colonização do município por imigrantes alemães, pouco mais da metade da população é constituída por descendentes destes. Uma outra grande parcela da população possui ascendência italiana, uma vez que as cidades ao redor de Blumenau foram quase todas colonizadas por imigrantes da Itália. Descendentes de portugueses também se fazem presentes, ainda que em um número mais modesto e muitos são de origem mista. No censo demográfico de 2010, a composição étnica do município era de 276 793 brancos (89,57%), 25 945 pardos (8,40%), 5 053 afrodescendentes (1,64%), 897 amarelos (0,29%) e 323 indígenas (0,10%).
O uso da língua alemã não era aprovado por membros do governo brasileiro e, a partir da década de 1910, passou a ser combatido pelas autoridades governamentais. Nesta década começaram tentativas de eliminar o idioma, por meio de subsídios a escolas particulares que lecionassem somente em português. No livro Nacionalização do Vale do Itajaí, o militar Rui Alencar Nogueira, participante da campanha de nacionalização, classificava Blumenau como "cidade esquisita", porque a língua alemã era usada "sem constrangimentos", inclusive nas repartições públicas, e completava: "parecia incrível que pudéssemos penetrar numa cidade, dentro do nosso próprio território, onde nos sentíssemos contrafeitos". Sentimento compartilhado pela escritora cearense Rachel de Queiroz na crônica Olhos Azuis, publicada em 1949 na revista O Cruzeiro. A autora escreveu: "(...) a sensação que tem é de estar em país estrangeiro, e país estrangeiro inamistoso. E essa sensação nos é transmitida não só pela cor do cabelo e dos olhos dos habitantes, não só pelos nomes que se ostentam nas placas das lojas e dos consultórios, não só pelo estilo arquitetônico, é, antes e acima de tudo, pela fala daquela gente (...) fala mal, com sintaxe germânica, com uma pavorosa pronúncia germânica (...) Alguém tem que dar um jeito nesse problema enquanto ele não se vira drama". Com a campanha de nacionalização de Getúlio Vargas, as escolas germânicas foram fechadas. Falar línguas estrangeiras em público tornou-se crime. Em um contexto nacionalista, a língua portuguesa, para o Estado Novo, era a única língua nacional, e o uso de idiomas de outros imigrantes era uma "anomalia a ser aniquilada".
Em julho de 2018, o prefeito Mário Hildebrandt assinou o Decreto nº. 11.850/2018, que criou as duas escolas bilíngues na cidade: a Escola Municipal Bilíngüe Erich Klabunde oferece as matérias em português e alemão, e a Escola Básica Municipal Bilíngüe Professor Fernando Ostermann, em português e inglês. Em agosto de 2019 foi sancionado o projeto de lei que oficializa a língua alemã como patrimônio cultural imaterial do município.
Rua XV de Novembro em
Blumenau
Lá você vai encontrar restaurantes, hotéis,
lojas, museus e a catedral. A dica é: caminhe pela rua e explore todos os seus
cantos. As surpresas e descobertas sempre são agradáveis! Nesse ambiente, o
clima que toma conta é o europeu. A arquitetura do lugar é inspirada na Europa,
mais precisamente na Alemanha. Aos domingos a rua é fechada para pedestres.
Veja mais dicas sobre o que fazer em Blumenau.
Durante a Oktoberfest Blumenau, a Rua XV é um centro de
atrações, com os famosos desfiles e também bares tradicionais que estão
presentes ali.
Além disso, nos anos 2000, essa rua foi completamente revitalizada
e por isso, encontra-se bastante organizada e com construções históricas no seu
decorrer. Como é o caso do Castelinho da Moellmann. Ou seja, belas fotos podem
ser feitas nessa rua.
Prefeitura de
Blumenau
Outro lindo ponto turístico em Blumenau é a Prefeitura da
cidade. A arquitetura do edifício, como muitas construções em Blumenau, tem
influência alemã. O prédio, que já tem mais de 30 anos, é super conservado. Em
seu jardim está estacionada a Macuca, a primeira locomotiva do município. Esse
objeto histórico veio da Alemanha em 1908. Onde se localiza? Na famosa Rua XV
de Novembro. Por lá você vai encontrar restaurantes, hotéis, lojas, museus e a
catedral da cidade.
Ao final de seu passeio pela Rua XV de Novembro, você
encontrará a famosa Prefeitura da Cidade, com traços estéticos inspirados no
Enxaimel. A construção da Prefeitura foi feita no ano de 1982 e conta com
10.500m2 construídos.
Em frente a Prefeitura, tem-se à mostra a locomotiva número
1 da cidade, carinhosamente batizada de
Macuca. Onde você pode fazer belas fotografias com a prefeitura de
fundo!
Na mesma praça, também é possível conhecer o Relógio das
Flores, construído no ano de 2000 em homenagem aos 150 anos da cidade. Esse
relógio funciona à energia elétrica e é único no estado.
Situada na Rua XV de Novembro, a Catedral São Paulo
Apóstolo, um dos pontos turísticos de Blumenau, rouba a cena do Centro de
Blumenau. Isso porque, sua torre de 45 metros de altura e seu interior de
granito vermelho e lindos vitrais encantam o grande público. O padroeiro,
Paulo, que dá nome à igreja, é chamado “o Apóstolo” por ter sido o maior
anunciador do cristianismo depois de Cristo. As missas ocorrem de sexta a
domingo. Aos domingos, os horários são: 7h30, 9h, 17h e 19h.
Ainda pela Rua XV, você irá se deparar com a Igreja Matriz e
sua icônica torre, símbolo da cidade.
A Igreja Matriz foi inaugurada no ano de 1958 e idealizada
pelos arquitetos Gottfried Boehm e Dominikus Boehm, em um projeto bastante
moderno. A Torre, contudo, foi construída no ano de 1963 e os três sinos
presentes nela, significam Jesus, Maria e José.
TEATRO CARLOS GOMES
Ao longo da Rua XV de novembro, existem muitas edificações
interessantes e, por isso, fazer o percurso à pé é tão legal. Outro ponto que
merece uma paradinha é o Teatro Carlos Gomes.
O Teatro é oriundo de uma sociedade conhecida como Sociedade
Teatral de Blumenau, fundada em 1860, que era anexa à Sociedade de Atiradores,
que situava-se em outro ponto da cidade. Contudo, em 1935, foi lançada a pedra
fundamental do Teatro na Rua XV de Novembro.
Inaugurado em 1939, o Teatro passou a ser chamado de Teatro
Carlos Gomes e desde lá, já recebeu inúmeros gênios da música e do teatro.
R. XV de Novembro, 1181 - Centro, Blumenau – SC
CENTRO HISTÓRICO
Depois de uma bela cuca, o melhor mesmo é dar uma caminhada, sem pressa, e relaxar, vendo as belezas do centro histórico de Blumenau.
A região histórica, concentra a Antiga Prefeitura, atual Fundação Cultural da cidade, a famosa Rua das Palmeiras, a Praça Hercílio Luz, conhecida também como Biergarten e diversos museus como: Museu da Cerveja, Museu da Família Colonial, Museu de Hábitos e Costures e o Parque Edith Gaertner com seu icônico Cemitério dos Gatos. Se você deseja saber mais sobre os museus de Blumenau, nós fizemos um post especialmente dedicado a eles aqui. Confira!
Museu da Cerveja em
Blumenau
O Museu da Cerveja se localiza na Rua XV de Novembro, na
altura do número 160, ou seja, no coração de Blumenau. Por lá, você vai se
deparar com coleções de peças que pertenceram à Cervejaria Feldmann e à
Cervejaria Brahma. O acervo contempla equipamentos, objetos, fotografias,
documentos e textos, utilizados na fabricação de cerveja. Durante a semana, o
museu funciona das 9h às 17h, e, aos finais de semana e feriados, das 10h às
16h. Quer uma notícia boa? A entrada é franca. Veja abaixo mais dicas sobre o
que fazer em Blumenau.
Museu da Cerveja - Praça Biergarten
Sugiro que você aprecie as belezas da arquitetura local e
visite, os museus, praças e ruas dessa linda região da cidade. Na praça
Hercílio Luz, você pode apreciar a vista do Rio Itajaí-Açu. Através desse rio,
os imigrantes alemães, chegavam a cidade por meio de uma embarcação à vapor de
vinha de Itajaí, Porto de chegada, até a cidade de Blumenau.
Parque Vila Germânica
em Blumenau
O Parque Vila Germânica, o cartão postal de Blumenau, é um
espaço para eventos e um símbolo da cidade. São mais de 30 mil metros quadrados
com construções enxaimel super fotogênicas. O espaço serve de sede para eventos
como a Oktoberfest, Sommerfest, Osterdorf, Festival, Feira e Concurso
brasileiro da Cerveja, Sabores de Santa Catarina, Magia de Natal, entre outros.
Os restaurantes alemães, cafés e lojinhas de souvenirs, vão deixar seu passeio
ainda mais incrível. Ótima dica sobre o que fazer em Blumenau.
Museu da Família
Colonial em Blumenau
O Museu da Família Colonial, um dos pontos turísticos em
Blumenau, é um passeio histórico muito interessante. Lá você vai conhecer a
história da cidade de Blumenau e detalhes da sua fundação. Nos fundos do Museu
da Família Colonial existe um horto florestal, repleto de árvores plantadas
pelo fundador da cidade. Incrível né? Os ingressos custam R$5,00, sendo a meia
entrada R$2,50. A entrada é gratuita para menores de 8 anos. O museu funciona
de terça a domingo, das 10h às 16h. Vale a pena conhecer!
Museu dos Hábitos e
Costumes em Blumenau
O Museu dos Hábitos e Costumes não pode ficar de fora da sua
lista de pontos turísticos em Blumenau. Localizado no antigo casarão do
Comércio de Gustav Salinger, na Rua XV de Novembro, o museu faz história. No
acervo estão expostos trajes típicos pertencentes à Ellen Wolmer e outros
objetos que mostram como eram os hábitos e costumes dos antigos blumenauenses.
Aberto das 10h às 16h, de terça-feira a domingo. Dica: Nas quartas-feiras a
entrada é gratuita!
Cidades-irmãs
Brasil Campinas (lei 3059/1984)
Brasil Petrópolis (lei 3764/1990)
Argentina Bariloche (lei 4690/1996)
Chile Osorno (lei 4292/1993)
Brasil Macapá
Argentina Posadas
Espanha Badajoz
Alemanha Weingarten
Peru Oxapampa
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