Pré História de Brusque - "Embarcando Para o Brasil" - Revista CARTUM INTERATIVA nº 189
A população alemã, assim como de outros países da Europa, enfrentou condições difíceis para viver ao longo do século 19. Falta de trabalho, baixos salários, invernos rigorosos, falta de terras para trabalhar e altos impostos eram situações que faziam da vida do camponês um desafio diário.
A saída para escapar da miséria era emigrar (deixar um país para ir se estabelecer em outro). Grande parte dos imigrantes alemães foram para os EUA, enquanto uma pequena parte veio para o Brasil, que nesse mesmo período estava atraindo imigrantes europeus para povoar as terras do sul do país.
Os imigrantes vinham em busca de terra própria e liberdade, enquanto fugir da miséria era uma necessidade. A viagem de navio ao Brasil quase sempre era feita em condições ruins.
A travessia do oceano demorava em média três meses, porém, algumas embarcações levaram muito mais tempo. A bordo de navios à vela, enfrentavam a falta de acomodação e a péssima alimentação. No navio a disciplina era rígida.
Levantava-se às seis, fazia-se a higiene pessoal e procediam a arrumação dos “dormitórios”. Depois escolhia-se aqueles que iriam buscar o café cada um deles responsável por 8 a 10 pessoas.
Os alimentos eram distribuídos 3 vezes ao dia, em horas certas. Às 8 horas, às 13 e às 18. Quando o tempo estava bom permanecia-se no deck, quando não, ficava-se no interior. As tempestades eram uma ameaça, e as doenças fizeram muitas vítimas.
Os mortos eram atirados ao mar, para desespero dos familiares.
Depois de longa viagem o navio fazia parada no Rio de Janeiro, para depois
seguir até Santa Catarina, ancorando na capital da província. Daí até a colônia
onde iam ficar era mais uma longa viagem.
Pesquisa: Robson Gallassini (in memoriam)
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