BRUSQUE ONTEM "A Barca e a Ponte" - Revista CARTUM INTERATIVA nº 156
Em 1903, discutia-se acerca da obra que estava sendo considerada como prioridade: a construção de uma ponte para ligar a Vila à margem direita do rio. A barca que realizava a travessia estava com os dias contados. Era nesse local que estava localizado o Porto das Canoas, ponto de carga e descarga das mercadorias transportadas pelo rio. Ali, as lanchas vindas da Barra do Rio atracavam e realizavam o desembarque das mercadorias, como também eram carregadas com os produtos das colônias que seguiam rio abaixo sob os cuidados dos vendeiros, grandes responsáveis por esse comércio fluvial.
A Ponte Coronel Vidal Ramos, com sua estrutura metálica
adquirida no continente europeu, faria a ligação entre os dois lados da cidade.
Para atravessar o Itajaí-Mirim, ela possuía dois lances, um em arco medindo 30
metros e outro em sistema comum com 12 metros, sobre 22 palmos de largura, com
o assoalho de madeira. Sua altura era de sete metros sobre o nível da água. Foi
inaugurada em 22 de novembro de 1905. Quem levou o projeto adiante foi o
comerciante Carlos Renaux, agora também industrial, sem dúvida a ponte era
vital para esse empreendedor.
Mais tarde, em 1912, a ponte recebeu uma cobertura de zinco,
e assim passa a ser chamada de "ponte coberta." Foi um longo
trabalho: criaram muradas de pedra para conter os barrancos (devido às
enchentes), além de aterro nas laterais, que possibilitavam acesso à ponte...
Todo o material (tijolos, areia, pedras, ferramentas variadas, cimento, entre
outros) era transportado por meio de carroças, percorrendo longas distâncias.
Os blocos de pedra, por exemplo, vieram da região do Ribeirão do Ouro.
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